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O poder da ação coletiva: das feministas modernas às Swifties, como mulheres como nós podem moldar o mundo

Photo 2018 Getty Images

Pense nisso. No mundo hiperconectado de hoje, um tweet pode desencadear uma investigação, e uma hashtag pode revolucionar uma indústria. A verdade é que, quando as pessoas se unem, não fazemos apenas barulho — mudamos a cultura, moldamos políticas e mudamos o jogo.

Você consegue imaginar um mundo onde sua voz vai além de salas de reunião, reuniões ou pequenos círculos sociais? Onde sua influência alcança outros e provoca mudanças reais na sociedade, empresas e até governos? Este não é um sonho distante. Está acontecendo agora mesmo, e mulheres como nós podem estar na vanguarda. Seja liderando movimentos inovadores ou simplesmente unindo forças com outras pessoas que compartilham seus valores, o poder da ação coletiva nunca foi tão acessível — ou tão impactante.

Veja o movimento #MeToo. O que começou como sussurros compartilhados nas mídias sociais transformou-se em um rugido global, abalando algumas das instituições mais poderosas do mundo.

#MeToo não apenas denunciou o mau comportamento — ele responsabilizou as pessoas, reescreveu normas da indústria e mudou leis. Começou pequeno, mas por meio de vozes coletivas, tornou-se imparável.

É a prova de que quando as mulheres se unem, temos o poder de transformar não apenas nossas próprias vidas, mas também o mundo ao nosso redor.
E aqui está a questão: você não precisa lançar um movimento mundial para causar impacto. Na verdade, grupos menores e mais focados estão se mostrando igualmente poderosos. Aqui está um exemplo que você pode não ter esperado, mas é relevante: fãs de Taylor Swift, ou “Swifties”. Você pode não ser fã da música dela, mas o que os fãs dela fizeram depois que a Ticketmaster atrapalhou as vendas de ingressos para seus shows é uma aula magistral sobre o poder dos grupos organizados. Eles não reclamaram apenas nas redes sociais, eles agiram, alimentando um clamor público que levou o Congresso a investigar o monopólio da Ticketmaster. Esses fãs, pessoas comuns como você e eu, mostraram como a ação coletiva pode responsabilizar até mesmo as corporações mais dominantes. E agora, alguns estão dizendo que podem até ter uma mão na influência das próximas eleições nos EUA. Não se trata apenas de uma estrela pop, mas de como nós, como indivíduos em um grupo, podemos exercer uma influência muito além do que jamais imaginamos.

Foto: © Gareth Cattermole/TAS18 / Getty Images

Os benefícios de fazer parte de um grupo também se estendem ao nível individual. Ele proporciona um senso de pertencimento e comunidade, promove o crescimento pessoal e profissional e a confiança por meio de experiências compartilhadas. Embora a digitalização e as redes sociais tenham transformado milhões de pessoas em criadores de conteúdo, gerando uma quantidade enorme de informações, elas também levaram as pessoas a buscar hábitos de consumo mais significativos e conexões mais autênticas.

Os consumidores agora escolhem o que consumir com base em propósitos e valores, não apenas no preço. Nesse contexto, criar confiança dentro de um grupo organizado pode ajudar você a formar conexões mais profundas e influenciar outras pessoas – seja para comprar seus produtos ou colaborar em novas ideias.

“Mas como posso começar a fazer isso e então tirar o melhor proveito disso?”

Aqui estão algumas dicas:

  • Envolva-se ativamente: Participe de reuniões, contribua para discussões e seja voluntário em projetos para construir visibilidade e se estabelecer como um membro ativo e valioso.
  • Faça networking propositalmente: Conecte-se com membros do grupo que se alinham com seus interesses ou podem oferecer insights, mentoria ou oportunidades de colaboração. Concentre-se em formar conexões genuínas e significativas em vez de contatos superficiais.
  • Alavanque recursos: Aproveite qualquer treinamento, workshop ou material oferecido pelo grupo para aprimorar suas habilidades e conhecimento.
  • Compartilhe experiência: Posicione-se como um líder atencioso compartilhando seu conhecimento, fazendo apresentações ou escrevendo conteúdo para publicações ou plataformas do grupo.
  • Contribua para conquistas coletivas: Colabore em projetos ou iniciativas do grupo para ganhar experiência, o reconhecimento ajudará você a construir influência dentro do grupo.

Em 2024, a ação coletiva é mais do que um simples protesto; trata-se de influenciar e moldar os resultados em todos os setores e dentro deles. Esses não são movimentos marginais; são demonstrações poderosas de como as comunidades organizadas podem alterar o equilíbrio de poder, obrigando as empresas e os formuladores de políticas a prestar atenção. Independentemente do tamanho, esse é o verdadeiro poder da ação coletiva – não se trata apenas de protesto; trata-se de influência, confiança, visibilidade e capacidade de fazer as coisas acontecerem.

Caroline Frassão